Camaradas membros da Plataforma Mundial Anti-imperialista, às organizações e Partidos presentes, aos seus dirigentes e quadros políticos, em nome do Primeiro Secretário do Partido Comunista Chileno (Acção Proletária), P.C.(A.P.), camarada Eduardo Artés, do nosso Comité Central e de todo o Partido, saudamos esta conferência internacional, da Plataforma Mundial Anti-imperialista, num momento em que aumenta a agressão do imperialismo ianque juntamente com a NATO.
Saudamos esta reunião e felicitamos os organizadores, pois compreendemos a magnitude dos esforços realizados para cumprir a tarefa de avançar unidos contra a guerra para a qual o imperialismo americano, a NATO e os governos fantoches pretendem arrastar o mundo inteiro.
Esta nova conferência segue as ideias centrais dos encontros anteriores em Paris, Belgrado e Caracas, que é a mais profunda unidade dos povos do mundo para evitar a guerra agressiva do imperialismo norte-americano juntamente com os seus parceiros da NATO, que utilizam os seus imensos recursos materiais para garantir a obediência dos governos e partidos políticos, que reforçam as ideias fascistas da grande burguesia pró-imperialista. juntamente com os seus parceiros da NATO, que utilizam os seus imensos recursos materiais para garantir a obediência dos governos e partidos políticos, que reforçam as ideias fascistas da grande burguesia pró-imperialista, assim como incentivam as vertentes ideológicas e políticas reaccionárias nos governos e parlamentos, garantindo que o conjunto de leis permita um maior controlo e repressão das organizações revolucionárias, progressistas e sobretudo comunistas, e que levantemos as propostas de soberania e autodeterminação dos povos.
A propaganda anticomunista, liberal e de ultradireita é apoiada, directa ou indirectamente, onde quer que haja perigo de construção e desenvolvimento de ideias revolucionárias contra o imperialismo americano e os seus parceiros e lacaios da NATO.
Aqui já se vislumbra uma tarefa que estamos prontos a assumir, que é a de envidar maiores e permanentes esforços para preencher todos os espaços com informação real sobre o que se passa nos principais pontos de confronto cada vez mais directos, tais como: Ucrânia, Taiwan e a própria península coreana, sem falar nas ondas de falsa propaganda que visam deslegitimar governos soberanos, como os do Irão, Síria, Palestina, Cuba, Venezuela, Nicarágua, etc.
Camaradas, pensamos que é necessário utilizar todos os espaços para educar os povos do mundo sobre as verdadeiras razões que movem a guerra do imperialismo norte-americano, sobre a forma como o imperialismo utiliza os países membros da NATO, e todos os países que estão sujeitos à sua influência ideológica, política, económica, cultural, incluindo dependências militares ou intervenções militares abertas ou encobertas, para os seus objectivos de manter a sua hegemonia a todo o custo.
A guerra orquestrada pela NATO, ou seja, pelos EUA, na Ucrânia, procura expandir-se para outras regiões do mundo, apressando uma escalada bélica que lhes permita sair, por algum tempo, da profunda crise do modelo de produção capitalista, gerando uma venda massiva de armamento e mantimentos, fortalecendo a indústria bélica.
Esta escalada belicista dos EUA, da NATO e dos governos fantoches está a enviar milhões de seres humanos para a guerra imperialista, esta é a face crua, a face mais horrível, do imperialismo norte-americano e dos seus parceiros da NATO, para evitar o inevitável, que é a superação da já arruinada forma de produção capitalista.
Aqui temos um segundo compromisso, que é o de organizar uma retaguarda para impedir, limitar ou parar os planos de guerra em termos de um fornecimento permanente e seguro de matérias-primas, bem como maiores compromissos para intervenções directas em rejeição do imperialismo americano e dos seus parceiros. Torna-se cada vez mais urgente organizar todas as forças progressistas do mundo em torno da exigência: Não à guerra dos EUA, da NATO e dos governos fantoches do imperialismo.
Já indicámos na nossa intervenção em Caracas pelo nosso Primeiro Secretário, o camarada Eduardo Artes, que identificamos pelo menos três espaços de luta contra o fascismo, hoje promovido e apoiado pelos EUA e pela NATO, que devemos diferenciar: A luta ao nível dos Estados ou governos; a luta que devemos organizar ao nível das amplas massas populares oprimidas e as tarefas dos partidos comunistas e revolucionários.
Por estas razões, torna-se cada vez mais urgente promover ao nível das massas populares o conceito de exigências sociais insatisfeitas, que estão permanentemente a crescer devido à escassez de alimentos, medicamentos, materiais de construção, ferramentas, matérias-primas, etc. A especulação é descarada e procura descarregar a crise do sistema capitalista sobre as costas dos povos.
Todos os dias, milhões de pessoas exploradas, em diferentes partes do mundo, juntam-se ao exército pela paz no mundo e, em caso de guerra em grande escala, num exército pronto a quebrar as suas cadeias de exploração.
Sabemos que sem a presença de uma organização que dê direcção revolucionária às amplas massas populares do mundo, a paz entre os povos será impossível, é necessário avançar para clarificar a perspectiva de superação das formas de produção capitalistas atrasadas.
O nosso compromisso é o de envidar todos os esforços para construir uma poderosa retaguarda e, no caso de uma guerra em grande escala, lutar pela independência e soberania, a fim de fazer avançar uma clara perspectiva socialista.
Gostaríamos de reiterar o que já foi dito:
A existência de países latino-americanos a lutar pela sua soberania e a avançar na construção do socialismo são partes inseparáveis no confronto e na derrota dos EUA, da NATO e dos seus governos fantoches.
Com a aplicação revolucionária da teoria comunista, enriquecida com a síntese das experiências do movimento operário e popular de todo o mundo, trabalharemos para avançar na unidade que nos permitirá dar um golpe mortal no imperialismo norte-americano, o principal inimigo dos povos do mundo.
A estratégia e a táctica dos partidos comunistas e revolucionários nos vários países serão, de acordo com as características de cada lugar, adequadas à luta de classes e às suas manifestações. Isto implica reconhecer a contradição capital-trabalho como essencial ou fundamental da época do capitalismo e do seu actual desenvolvimento imperialista.
Hoje, a forma de produção capitalista está a ser ultrapassada por uma economia superior e mutuamente benéfica, em diferentes partes do mundo. Isso permite um novo salto nas relações entre os países, retirando espaços de dominação do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, assim como o dólar como moeda dominante. Isso enfraquece o imperialismo norte-americano, porém sabemos que ele não se deixará deslocar sem esgotar todas as formas de luta para manter sua dominação, inclusive a guerra de agressão e subjugação.
A principal contradição que atravessa os países capitalistas dependentes e semicoloniais de África, Ásia, América e parte da Europa, explorados pelos centros do capital financeiro internacional, é a contradição país oprimido versus imperialismo. Actualmente, o imperialismo norte-americano luta claramente para aprofundar a opressão e a superexploração dos países dependentes.
A táctica dos partidos que aspiram à tomada do poder político, pensamos, deve ser a de apelar ao factor patriótico da libertação nacional.
O dever dos comunistas e revolucionários é convencer e mobilizar por trás de um projecto emanado da classe trabalhadora, e apresentado aos sectores populares, à pequena e média burguesia produtiva e comercial, que possa convergir num plano de salvação nacional. Este plano, de acordo com o nível de desenvolvimento produtivo, pode ser um motivo de reafirmação patriótica, indispensável para um projecto nacional, como parte do processo democrático popular de caminho e orientação para uma sociedade socialista.
A mobilização e a unidade dos partidos revolucionários e comunistas, pensamos nós, têm uma história, tal como a Frente Unida Antifascista. Esta táctica serviu aos revolucionários para travar o fascismo, e hoje ser-nos-á útil, não só para cortar as mãos à besta castanha do capital financeiro, mas também ao imperialismo norte-americano e aos seus parceiros da NATO, que procuram, juntamente com todas as forças obscurantistas, sufocar os anseios de soberania nacional, de desenvolvimento industrial, de democracia popular, que são a base de uma melhor qualidade de vida, que as sociedades exigem sob diversas formas e reivindicações.
As tarefas de soberania e de autodeterminação nacional, que cada povo procura realizar, ajudam de forma interdependente os países e os Estados que realizaram a sua soberania e os seus projectos sociopolíticos particulares.
Cada conquista que os povos do mundo realizam no seu caminho de libertação nacional e social, fortalece aqueles que já estão a caminhar firmemente no seu caminho independente, uma vez que o imperialismo não poderá concentrar o seu golpe num único inimigo, e diversificando as suas frentes de luta, a sua força de agressão, não poderá utilizá-la de uma única forma, para um único povo ou Estado atacado.
Quando alguns autoproclamados partidos revolucionários, progressistas e comunistas tentam atribuir o carácter de “imperialista” à República Popular da China e de “belicista” à Federação Russa ou à República Popular Democrática da Coreia, apenas reforçam o imperialismo norte-americano, a NATO e os governos fantoches, pois geram divisões artificiais que dividem os povos oprimidos, impedindo a sua unidade para atacar e derrubar o imperialismo norte-americano e os seus parceiros da NATO.
A falsa ideia de atribuir à República Popular da China ou à Federação Russa a qualidade de imperialismo só atinge os Estados aliados dos que lutam contra a exploração e a opressão nacionais, não afecta o imperialismo norte-americano.
Em amplos sectores progressistas, a política agressiva e belicista dos Estados Unidos é odiada e desprezada.
Esta campanha, promovida no seio das forças populares, tem uma clara intenção de dividir e impedir a unidade dos povos oprimidos, esta campanha é dirigida e promovida pelos serviços secretos norte-americanos, como a CIA, bem como por outros poderes económicos que se opõem às lutas pela independência e soberania nacional.
É nosso dever esclarecer cabalmente estas calúnias e desmascarar os agentes infiltrados que procuram criar confusão e divisão entre as forças progressistas e revolucionárias do mundo.
Camaradas, a esperança dos povos para derrotar a agressão imperialista dos Estados Unidos, da NATO e dos seus governos fantoches reside no reforço da Plataforma Mundial Anti-Imperialista. Venceremos!
Avançar com o desenvolvimento mundial da Plataforma Anti-Imperialista!